Em uma época de distanciamento social e o homeoffice, praticamente, imposto pela chegada inesperada da pandemia da COVID-19, as empresas começam a se perguntar qual será o futuro do trabalho presencial. A previsão é que, em um cenário pós-pandêmico, as pessoas voltem ao escritório, mas não da forma que estamos acostumados. É possível que muitas empresas adotem um modelo híbrido de trabalho. Ou seja, em alguns dias os profissionais estarão presentes no escritório e, em outros, atuarão remotamente.
Um levantamento feito pela consultoria BTA mostrou que, por conta da pandemia, o modelo de trabalho homeoffice se tornou padrão para aproximadamente 43% das companhias brasileiras. Além disso, a transformação digital virou uma obrigação e as empresas e seus profissionais tiveram que se adaptar rapidamente à era digital.
De acordo com Rosemeire Onofre, do DHO – Desenvolvimento Humano e Organizacional do EBR e da Toyo Setal, apenas o escritório em São Paulo, onde as atividades da empresa nas áreas de backoffice, comercial, suprimentos e engenharia adotaram o homeoffice parcial desde março de 2020, mas com o agravamento da pandemia, em março de 2021, mais profissionais entraram em homeoffice, mantendo apenas uma equipe reduzida no escritório em São Paulo (SP).
“Desde o início da pandemia, seguimos todos os protocolos de segurança e recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, preservando assim, a saúde de nossos profissionais. No entanto, muitas atividades continuaram a serem realizadas de forma presencial. Temos profissionais da Toyo Setal na obra do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) e do Estaleiros do Brasil em São José do Norte, no Rio Grande do Sul”, comenta Rosemeire.
A rotina em homeoffice
Embora ainda não esteja claro quando será possível falar em um cenário pós-pandemia, já se sabe que a experiência dos últimos doze meses provocou mudanças profundas na cultura das organizações e nas relações de trabalho como um todo.
Ainda de acordo com Rosemeire, hoje as equipes estão mais engajadas e adaptadas ao trabalho à distância, os gestores estão mais próximos de suas equipes, realizando inclusive reuniões com mais frequência.
“Seguimos a mesma rotina do escritório, com uma vantagem que é apontada por todos, não temos trânsito com o deslocamento, então ganhamos em qualidade de vida. No começo foi mais difícil, principalmente para aqueles que tem crianças pequenas e não podiam deixá-las na escola, mas o homeoffice também permitiu uma flexibilidade maior no horário e as pessoas puderam se adequar ao seu tempo. Percebemos que mesmo com as comodidades da casa, todos mantiveram a produtividade e a qualidade na entrega dos trabalhos”, lembra Rosemeire.
Protocolo fora e dentro dos escritórios
De acordo com Carlos Rodrigues, Diretor do EBR e da Toyo Setal, ainda não temos uma definição clara de quando, e como, será o retorno presencial no escritório de São Paulo. Segunda a empresa, um retorno provavelmente acontecerá após a vacinação, porém, de uma forma híbrida, combinando homeoffice com trabalho presencial. No caso das obras, os profissionais estão seguindo rigorosamente os protocolos de segurança contra a disseminação do vírus. “Os profissionais sentem falta do contato humano e também identificamos uma perda de identidade da companhia, que deverá ser corrigida com o retorno”, finaliza Carlos.
Editora Conteúdo/Marciel Oliveira